terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Capitulo seis do mesmo velho livro

Idiota, uma besta sentada em frente a uma maquina, como se houvesse interação racional...
De que adianta o monologo tão louco, perdido em uma noite quente...
Uma cama vazia me espera no quarto, um dia sem piadas sarcásticas não tem graça alguma...
A noite é tão imensa, nela cabem tantos beijos, caricias e conversas intensas na superfície da orelha...
Como pode alguém descer de um carro confortável, seguro, e resolver caminhar no calor das calçadas desniveladas...
Será saudade do calor, ou enjôo daquele ar frio e doce do ar condicionado?
Será tua boca rosada que me encanta ou só tuas respostas que prendem minhas perguntas?
Um bom motivo é o que me falta, é o que me grita e não sabe falar...
Que desejo é esse que se impregno em minhas mãos? Que som foi esse que meu ouvido espera reencontrar?
Um sorriso de menina, um cabelo que se enreda tão contente em minhas mãos...
Sabe que quando você acorda com a pessoa que você desejou durante a noite, é por que não foi um desejo de uma noite, pois esse desejo no nascer da próxima lua, nasce de novo, um vicio...
Vontade de socar a cabeça contra a parede mais firme da casa, e aquela sensação de que provavelmente é tudo infundado irrita tanto...

Da próxima vez talvez eu diga “relaxa e goza”, mas admito que prefiro sentir tuas mãos agarradas a mim, teu corpo contraído, um lábio mordido, minhas mãos em teu corpo sendo consumido pelo desejo é como quem alisa o mais preciso, caro e desejado troféu.
Uma fome que não acaba uma sede que não cessa...
Quando os olhos fecham e só o corpo interage é quando conheço a sinceridade do momento, quando teus quadris se movem, eles movem minha imaginação também, teu corpo suado lubrifica minha mente, teu suspiro quente em meu pescoço é endorfina pura, tuas pernas inquietas me instigam, a saber ate onde você segura tuas vontades mais intrínsecas...

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