sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sonetos brégas

Soneto 1

Toda droga que eu queria usar você me faz dizer não,
Toda loucura que eu queria provar você conta que já conheceu,
Nem toda minha insanidade quebra tua rotina,
Você joga xadrez na minha montanha russa,

O gosto do teu beijo me tira de órbita
O calor da tua respiração me deixa inebriada
O teu olhar me põe em êxtase
O toque da tua mão me põe de joelhos

Nem toda palavra dita demonstra a sensação causada
Nem todo olhar atravessa teu corpo
Nem toda a fumaça te alucina

A falta de ar que não mata
O frio na barriga quente
A maldade que faz bem.

Soneto 2


Vem me pega de jeito
Fingir que resisto as tuas investidas me diverte
Imaginar suas segundas intenções ajuda a gastar meu tempo
Nenhuma importância numa brincadeira que faz tanta falta

Lembrar das provocações
Desejar os jogos já tão manjados
Será que ainda lembra das regras?
Precisa de novas aulas?

Vem que eu te pego de jeito
Você finge que cai
Eu brinco de chefe

Agente acaba na cama
Trocando de posição
E quem toma advertência sou eu

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