terça-feira, 13 de outubro de 2009

Capitulo dois do livro de uma noite

Nem sumario, nem numero nas paginas, sem linha de tempo
Assim são os momentos bons
Permanecem vivos flutuando no ar,
Deixam apenas um perfume
Que só é sentido por quem já exalou esse odor antes


Pensar no que vem pela frente da vontade de caminhar de costas
Só para seguir com a imagem do meu rosto refletido no teu olhar
Ver teu sorriso dedicado a minha pessoa não tem preço
Por vezes não foi preciso enxergar tua face pra saber que você estava com um sorriso
Ou com um olhar nostálgico de quem se recorda de um passado nem tão distante...


As vezes não é preciso de mil dinamites pra fazer uma explosão
As vezes o importante não é o barulho que ela pode fazer mas sim
O quanto ela pode te abalar
As vezes não é um tremor que te põem de joelhos
Mas sim uma fumaça que te cega os olhos e não te deixa ver
Que tudo esta no lugar e você que esta perdido


Golpe baixo aquele armado antes do inicio do jogo
Por que o vermelho meche tanto com os animais?
Acho que não é a cor e sim onde ela é usada...
Disfarçar a vontade do touro de rasgar o toureiro ao meio
Ou do jogador de futebol em mandar o juiz as favas é fácil
Difícil foi a prova que você me impôs, só deus sabe ate onde minha imaginação foi...


Pode parecer burrice não comer o doce todo,
Mas acredito que quanto mais você conhece
Mais aprender a saborear da melhor forma possível
Que graça há em tomar tequila sem o sal e o limão,
Que vantagem tem beber a cerveja quente,
Tudo é saboroso quando é apreciado da forma certa
E certos banquetes merecem um cuidado maior
E isso de a comida esfriar é bobagem de quem não sabe esquentar mais de uma vez...
Não tenho medo nenhum disso, tenho plena consciência
Que calor nunca faltara...
Muito menos fome e desejo...


Sabe que quando as atitudes imaturas e maduras se misturam
É quando estamos realmente no presente...
Nem só bolinhas coloridas e nem só preto e branco...
Nem só olhares fortes e nem só risadas nervosas...
Prefiro só os sorrisos doces...
Prefiro o desenho da tua boca feito a mão em um dia de muita inspiração
As mais belas linhas que se poderia ter...


Gotas de chocolate e de absinto sobre a pele
Marrom e verde, uma arvore de frutos doces
Um sabor que remete a maçã de Eva...
Me entrego ao prazer da gula sem medo
Já que desse veneno eu já morri varias noites...


Os prazeres da minha vida
Gula, preguiça e luxuria
Há coisa melhor do que saciar esses três desejos?
Creio que não,
E fazer eles em tua companhia é sempre um quarto prazer...


Como um pano encharcado
Ou uma esponja molhada
Cada vez que minha mente pensa
Brotam palavras e eu penso sempre
Logo fica muito fácil escrever
e muito difícil não externar toda essa inspiração
como quem procura carregar água dentro das mãos e sabe
que vai perder metade
eu prefiro beber essa água,
prefiro escrever essas palavras antes que as perca no tempo...


o tempo muitas vezes nos seca por dentro
e nada de diferente brota, ou não nos permitimos desabroxar
me sinto cheia de um mel, mel que não pertence a mim
mel que roubei de alguém...
e esse doce que lubrifico minha boca
agora lubrifica minha mente e essas palavras escorrem como água entre os dedos


sabe que os loucos são os mais sabios seres
a diversão em ver tudo de um forma diferente
em acreditar que no escuro é onde melhor se enxerga
que na dor há prazer ou que se ama por uma noite
é como comer chocolate sempre e pensar só no prazer e não na gordura
é como beber uma bebida alcolica e acreditar que a ressaca de amanha não acontecera...
é ver a vida como quem se diverte ate com o drama...

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