sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Capitulo três do livro de uma noite

Será que consigo te comprar com elogios e poemas bregas?
Será que meu lirismo vai finalmente me servir de alguma coisa?
Você finge que cai na minha conversa boba e eu me faço de desentendida,
Será que é um bom plano?
Eu queria poder ter um controle sobre você, mas me sinto mais manipulada do que controlando, sempre um passo a frente, sempre nessa troca entre líder e vice...
Uma corrida muito divertida de assistir, dois leões fortes correndo lado a lado, mas em quesito caça eu ainda tenho muito que aprender, nunca fui o macho dominante...
Mas creio que eu sirva de estimulo para nem que seja uma diversão barata,
Muitas vezes o rabo do antílope é mais atraente do que o rugido do leão,
Fome, instinto, fácil de escolher quando se deixa a natureza de predador agir..
Será que eu sou o antílope? Creio que meu traseiro não seja tão atraente assim...
É acho que sou a leoa burra, mas se o prazer é encontrado de forma tão natural, de que serve a inteligência? Respondo-te em um segundo... ( acaba de passar mais um antílope a minha frente)... do que falávamos mesmo?
A sim de que serve a inteligência...
Serve para animais sagazes e ardilosos, que teimam em não respeitar as regras, teimam em provocar, em olhar nos olhos, em mostrar seus atributos, os que têm a coragem de rondar de perto e nem ao menos cuidar-se...
Esses são os que mais instigam qualquer fera adormecida, e você acha que só usando o velho e manjada instinto, algum ataque funcione? Já te respondo que não...
Esse tipo de animal, livre, leve e solto, ri na cara do perigo e nem acha tão engraçado assim... mas nesse momento enquanto ele se diverte, você para e pensa: “a eu ei de te pegar” e sabe qual a melhor forma de fazer isso? É o deixar vir ate você, a audácia dele é o nosso maior aliado, ele vai se entregar é só esperar... Minha paciência é de elefante, ou seria a memória de elefante?

Escrevo fácil sobre pessoas e animais, sobre emoções e devaneios, falo muito sobre a vida e sobre caminhos a seguir, mas será que eu faço algo de fato?
Será que cão que ladra não morde?
Não sei responder, talvez para impor respeito o ladrar sirva durante algum tempo, mas será que para da um passo a frente precisarei morder? Creio que sim...
Pretendo estar preparada para o necessário sempre, os extras agente reserva ao tempo que ele da conta disso, eu não costumo pagar para ver se o cão que ladra morde, mas e se alguém pagar para ver? Você pagaria?

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