terça-feira, 13 de outubro de 2009

Um livro escrito em uma única noite

Palavras migram para o exterior como qualquer coisa que tende a sair de um meio onde há mais pressão, para um meio onde há menos pressão...
Um turbilhão de pensamentos em um silencio comprometedor...
Uma conversa que se perde no objetivo e desejos tão bem definidos
Entender o que não tem explicação
Sentir o que não existe
Será que é possível?
Acredito que por vezes sim...


Imaginei flores, delicadas no auge da sua beleza
Onde se encontram no auge de sua beleza
Abertas, para a nova primavera que chegou...
Como toca-las com toda a vontade que há em você sem
Danificar nada? Como suprir a vontade de pegar com força
Suas pétalas tão macias?
E se essa flor fosse forte? Feita de carne, ossos e pele...
Um sonho bom que por vezes também pode se realizar...


Melifluosidade, algo que escorre como o mel, algo doce...
A melhor descrição para certas ocasiões...
Ser brega e clichê pode ser algo engraçado em certas situações...
Mas se não houver a graça, que graça terá?
Prefiro os palhaços do que os dramalhões...


Você me julga melhor do que sou
Eu te julgo melhor do que eu
Tudo maximizado, que rasgação de seda
Seda, renda, cetim, algodão, qualquer que seja o tecido,
Rasgação certamente é o desejo, e esse que faz o julgamento
Logo vejo um ciclo, onde tudo que vai, volta, numa onda
Bem tênue, como a linha do horizonte num céu azul e num mar calmo...


Imagine um final de tarde no mar, numa água quente
Um gosto de álcool na boca, um calor que te faz tirar uma roupa relutante em sair
Uma ajuda de uma mão experiente e maldosa
Cair nos braços de um predador por ser bem prazeroso...


Uma madrugada na areia, alguns metros de um mar agitado de ressaca
Que parece sentir as vibrações vindas da areia
O álcool nunca acaba na boca de quem tem sede de aventura
Uma preza que brinca de ser caçador...
Um caçador que usa as armas da preza...
Um jogo onde não há funções pré determinadas
Que alias são funções e posições que se modificam a cada round dessa luta


Não vejo graça em chegar rápido ao final
Prefiro buscar novidades nas tuas curvas
Do que ir direto ao ponto
Conhecer os caminhos possíveis muitas vezes
Vale mais do que conhecer o destino final
Já que todos chegam lá,
Porque não buscar algo diferente?
Monotonia me cansa
A vontade de descobri me estimula
Então, paciência, me deixa brincar...

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